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Morte (Hora de Delírio) Junqueira Freire

  • romantismo-2016
  • 2 de abr. de 2016
  • 1 min de leitura

Pensamento gentil de paz eterna

Amiga morte, vem. Tu és o termo

De dous fantasmas que a existência formam,

— Dessa alma vã e desse corpo enfermo.

Pensamento gentil de paz eterna

Amiga morte, vem. Tu és apenas

A visão mais real das que nos cercam,

Que nos extingues as visões terrenas.

Nunca te dei uma foice

Dura, fina e recurvada;

Nunca chamei-te inimiga,

Ímpia, cruel, ou culpada.

Amei-te sempre: — pertencer-te quero

Para sempre também, amiga morte.

Quero o chão, quero a terra, - esse elemento

Que não se sente dos vaivens da sorte.

Por isso, ó morte, eu amo-te e não temo:

Por isso, ó morte, eu quero-te comigo.

Leva-me à região da paz horrenda,

Leva-me ao nada, leva-me contigo.

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